Web 3.0: o que é e como mudará as nossas vidas

Em Portugal - tal como em todo o mundo - já estamos a implementar a rede 5G. O que esta rede vem fazer é melhorar substancialmente a velocidade da internet. Mas quanto à experiência web em si, há outra tecnologia muito mais importante a ser desenvolvida: a web 3.0.

É a tecnologia web que está na base da forma como interagimos com a internet, quer na informação que consumimos, quer nos conteúdos que colocamos online.

Por isso, quer saber o que é a web 3.0 e como irá mudar a sua vida? 

Vamos começar por entender a evolução da web desde a sua origem até aos primórdios da web 3.0 que está para surgir em breve.

A evolução da Web: da 1.0 à 3.0

A primeira geração da web teve lugar entre 1989 e 2005. Pode-se definir esta primeira geração apenas com a grande democratização de acesso à informação. No entanto, esta informação só poderia ser partilhada por empresas que tivessem os meios necessários para trabalhar na web. Se tiver curiosidade para ver como os sites eram na geração da web 1.0, saiba como fazê-lo aqui.

A segunda geração, com a qual interagimos atualmente, iniciou-se em 2005 e fez surgir o boom da social media e criação de conteúdo. Isto porque a web 2.0, mais do que democratizar a informação, democratizou a produção de conteúdo. Hoje qualquer pessoa com acesso à internet, pode carregar um vídeo no Youtube, partilhar uma stories no Instagram ou deixar uma review sobre o seu computador favorito da LG na página da marca.

Ainda não é certo quando daremos o salto da web 2.0 para a web 3.0. O que é certo é que isso acontecerá gradualmente, tal como o salto dado da primeira para a segunda geração da web. Isto porque todas as tecnologias que precisamos para que ocorra essa transição já existem, com a Inteligência Artificial, Machine Learning e Blockchain a terem papéis fundamentais. 

E como é que estas tecnologias influenciam aquilo que será a web 3.0? Passamos a explicar de seguida.

O que será a web 3.0 e quais as suas vantagens?

Depois da democratização da informação e da produção de conteúdo, o que podemos esperar da web 3.0?

Podemos esperar a experiência web mais assertiva, personalizada e privada de sempre. Explicamos isto com exemplos práticos do papel de cada tecnologia na web 3.0.

A Blockchain vem descentralizar a informação e armazenamento de dados da web. De forma simples, o que a Blockchain faz é proteger os seus dados ao armazená-los numa grande rede de computadores. O que acontece atualmente na web 2.0 é que os seus dados ficam centralizados apenas num servidor de uma empresa e, por isso, estão mais suscetíveis aos ataques de hackers. O que a Blockchain faz é “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. Desta forma, a sua informação fica bem mais protegida. 

Quanto à Inteligência Artificial e ao Machine Learning, estas vêm personalizar e melhorar a sua experiência web. Sites e apps que utilizem o web 3.0 poderão interagir consigo quase como um ser humano, porque terão o conhecimento semântico para entender o nosso diálogo. Já existem exemplos atuais destas tecnologias que utiliza no dia a dia, como a Alexa, a assistente pessoal da Amazon. 

A par disto, estas tecnologias irão privilegiar o contexto e a relevância ao invés da popularidade de determinado conteúdo. Por exemplo, ao fazer uma pesquisa num motor de pesquisa da web 2.0, são-lhe apresentados os resultados mais populares consoante o termo que colocou. Mas isso não quer dizer que o motor de pesquisa entendeu realmente o seu objetivo, o contexto da sua pesquisa. 

Se, por exemplo, fizer uma pesquisa com os termos “Portugal Espanha” na web 2.0, os primeiros resultados que lhe serão apresentados serão muito provavelmente relacionados com futebol. Porquê? Porque essas são as páginas mais populares. 

Ora, na web 3.0 e com a evolução da inteligência semântica destas tecnologias, cada vez que faz uma pesquisa, encontrará resultados mais precisos tendo em conta o contexto dos seus termos e dados. Ao fazer uma pesquisa com os termos “Portugal Espanha” na web 3.0, o motor de pesquisa conseguirá entender melhor o contexto da sua pesquisa e, ao invés de lhe apresentar resultados tendo em conta a popularidade geral dos conteúdos, apresentar-lhe-á resultados tendo em conta os seus dados e contexto da sua pesquisa.

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